segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Feliz Comigo Mesma!!!


Quem me conhece há bastante tempo sabe que por muitos anos tive pânico de dirigir!!!
Enquanto morava em São Paulo e tinha só a Tamiris, eu dirigia, ía para todo canto dentro da cidade, mas depois que o Tales nasceu peguei pânico.
Na verdade, quando eu trabalhava no hospital, o cunhado de uma garota que trabalhava comigo foi assaltado no farol, foi arrancado do carro e viu seu veículo ser levado com a filhinha de 1 ano dormindo no banco de trás!
Por obra de Deus, os bandidos abandonaram o carro no acostamento de uma rodovia e ligaram para a polícia avisando onde estavam abandonando o carro com a bebê, que foi encontrada pelos policiais duas horas depois de ter sido levada junto com o carro ainda dormindo!
Eu nem tinha a Tamiris ainda, mas fiquei com isso na cabeça e acho que já fui ficando com medo dessa história antes mesmo de ter um carro e um filho...rss

Quando era só a Tamiris eu pensava: se quiserem levar o carro eu arranco ela da cadeirinha.
E com  esse pensamento simplista e idiota, eu seguia minha vida e a deixava sem prender no cinto (!!!) para facilitar uma retirada estratégica!
Pois bem, quando o Tales nasceu eu olhava a Tamiris na cadeirinha, o Tales no bebê-conforto de costas para mim e pensava: se for assaltada terei que escolher qual dos dois arrancar do carro. Como eu posso escolher um filho e deixar o outro?!
E daí em diante fui ficando cada dia com mais medo de sair com eles, de parar em farol, ficava com a boca seca e o coração acelerado cada vez que parava e uma moto...ou duas...paravam ao meu lado.
Com isso, fui adquirindo pânico de dirigir. Só saía com eles quando era realmente muito necessário e, ainda assim, passando bem mal, com taquicardia, suando muito, com boca seca. Um verdadeiro horror!
Mudei para Bragança e fiquei sem carro. Fazia tudo à pé ou de moto-taxi.
Quando estávamos em processo de habilitação da Taís o André começou a deixar o carro para mim e eu continuei fazendo tudo de moto...rss
O carro ficava na garagem. Conforme o processo foi caminhando, o André foi me pressionando a voltar a dirigir. Só de pensar em tirar o carro da garagem eu passava mal. Não queria de jeito nenhum e ele começou a falar: 'e se a criança for muito pequena, como você vai fazer para andar com 3?!', 'vc não vai mais poder sair de moto, como vai resolver suas coisas?!', 'e se a criança vier doente, precisar de tratamentos, ir a médicos, vc vai ficar dependendo de ônibus?!' e aí comecei a avaliar a necessidade de dirigir, busquei ajuda dos florais, voltei a dirigir em agosto/06 com o André ao meu lado, em setembro assumi o volante sozinha e em junho/07 Taís chegou pequena e doente! Teve dias de eu precisar ir com ela de manhã e à tarde na pediatra e agradeci imensamente ao meu ilustre marido por ter me pressionado!
Em final de 2007 fui duas vezes dirigindo para São Paulo com a turma toda junto e o André ao lado.
Sensação indescritível, mas ficou só nestas duas vezes!
De um tempo para cá eu estava sentindo falta de pegar o carro e sair pela estrada sozinha, com autonomia, sem depender de ninguém para me levar.
Aqui na cidade não tem cinema, não tem um hipermercado. Então precisamos ir para as cidades vizinhas e eu dependia do marido para ir a estes lugares.

Conforme falei, Tamiris e Tales tinham um aniversário ontem em outra cidade: Atibaia.
Combinei de encontrar com os pais das outras amigas na porta do colégio, até porque íamos distribuir a meninada que ía de carona.
Deixei a Taís com o André e fui com a turminha. Na porta do colégio peguei uma amiga da Tamiris e fomos seguindo o pai da outra amiga.
Fui sozinha para Atibaia!!! Peguei a Fernão Dias só com a turminha!!!
Confesso que cheguei a pensar em convidar o André para ir junto, mas como não sabíamos quantas meninas estariam de carona, então desisti.
Foi muuuito bom ir com eles, deixá-los no clube e depois pegar a estrada completamente sozinha de volta para Bragança!!!
Sensação maravilhosa!!! A mesma que senti quando voltei a dirigir quando fui, fiz compras, saí do mercado e busquei eles na escola pela primeira vez!
Agora nada nem ninguém me segura mais!!! kkk
Quando tiver algo para fazer na região e tiver que pegar estrada sozinha, não penso mais duas vezes se o André não puder ir junto!!!

Foi bom demaaaaaaaaissssssssssssssss!!!

beijos e tenham um abençoado feriado!!!

Cláudia

3 comentários:

  1. Este é o tipo de autonomia que quem pode PRECISA superar seus traumas para poder usufruir. Eu não sei dirigir e nunca aprendi por não ter carro. Quando as gêmeas nasceram meu marido comprou uma"condução" um caco que mal dá pra ele usar pro trabalho. Rarmente saímos com as crianças até prque pra ter dinheiro comprar 3 cadeirinhas, teríamos que vender o carro! Por isso fico tão presa dentro de casa, quase não saio, dependo sempre que alguém me ajude. Em casos de extrema necessidade, ponho as 3 no carrinho e saio, mas o coitado do carrinho reclama de tanto peso, e eu então...
    Por isso te digo minha amiga, respire fundo, faça uma oração profunda e com muita fé, mas USE do seu conforto. Depender dos outros é muito ruim.

    Beijos

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  2. Parabens!! Sei o que é ter panico de dirigir, tambem tenho, e estou tentando descobrir qual a melhor forma para eu vencer esse medo e voltar a dirigir. Sua historia me animou! obrigada!

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  3. Ah que legal !!!
    Eu tb preciso vencer o medo de dirigir. Tirei minha carta esse ano e todo mundo sabe que aprender a dirigir mais velha dá nisso: medo !
    Mas preciso deixar a preguiça e o medo de lado e encarar o volante. Seu post me inspirou !!!!!
    Mil bjs prá vcs e obrigada pelo carinho no meu blog !

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