sábado, 30 de junho de 2012

Reportagens sobre adoção redes Record e Globo!


Logos retirados do blog  Record Jornalismo e TV de Primeira

Nas últimas duas semanas as emissoras de TV Record e Globo fizeram duas séries de reportagens sobre adoção, ambas de excelente qualidade.

Deixo aqui os links para quem não teve oportunidade de ver porque a forma como o assunto foi abordado vale à pena.

Rede Record, dias 20, 21 e 22 de junho, programa Hoje em Dia.

20.06 - Milhares de crianças esperam na fila de adoção
21.06 - Várias crianças com problemas de saúde também aguardam na fila de adoção
22.06 - Pais do coração enfrentam dificuldades para criar filhos adotivos

Rede Globo, dias 25 a 29 de junho, programa Encontro com Fátima Bernardes.

25.06 - Fátima Bernardes conversa com casais que adotaram crianças.
26.06 - Debate sobre a frustração de crianças adotadas que são devolvidas aos abrigos
27.06 - Ministra e Promotora falam das dificuldades e burocracias
28.06 -Vanessa da Mata fala sobre os filhos adotivos.
29.06 - Parte 1 - O que não se deve falar para uma família que tem uma criança adotiva
             Parte 2 - Casal homossexual fala dos desafios diários que têm que enfrentar
             Parte 3 - Fátima lê carta de uma mãe adotiva que esteve no primeiro dia do programa

Cláudia

domingo, 24 de junho de 2012

Quebrar Paradigmas


Aprendi há alguns anos no hospital onde trabalhei que uma das artes do bem viver é a de sermos capazes de quebrar paradigmas.
Não é fácil. É uma arte que exige coragem para encarar seus conceitos, reconhecer que eles podem não ser tão bons como você crê ou imagina, desconstruí-los e abrir-se para novos conceitos.
Isso exige tempo, pode te desgastar física e emocionalmente, mas se você não vive bem com os conceitos adquiridos e consegue mudá-los, descobre que mudar é bom e vale à pena.
Quem tem da minha idade para mais, acima dos 40, deve lembrar que as pessoas mais velhas da nossa época de infância diziam: 'eu fui criado assim e vou morrer assim', ou 'eu aprendi assim e sempre fiz assim, não vou mudar agora', ou ainda 'meus avós criaram meus pais assim, meus pais me criaram assim e eu crio meus filhos assim porque é assim que as coisas funcionam'.
E olha que não estou falando de pessoas idosas! Eram pessoas com 40, 45, 50 anos de idade!
Neste conceito de vida só existiam duas formas de viver: a delas e a errada. Tudo tinha que funcionar do jeito delas ou estava errado não importando se o jeito delas fazia sofrer a si próprias e/ou aos que as cercavam.
Desde menina eu fui observadora desse tipo de comportamento. Eu via as pessoas falarem desta forma e pensava: mas não pode ser que só o jeito dela seja o certo! Vai daí que comecei a 'colecionar' comportamentos que eu não queria para mim quando tivesse a idade daquelas pessoas, dentre elas a minha mãe!
Minha mãe sempre foi excelente: cuidadosa, atenciosa, dava conta de tudo da casa e de nós, nos ensinou princípios que carregamos até hoje e que passamos para nossos filhos, mas ela era assim: as coisas só tinham dois jeitos de ser: o jeito dela e o jeito errado. Isso para tudo, até mesmo para varrer a casa.
Uma coisa que me incomodava deveras era quando ela mudava os móveis de lugar. Tudo bem, tem gente que adora mudar os móveis com frequência e isso não é errado. O Feng-Shui fala que a mudança dos móveis faz circular as energias na casa e tals e isso eu sei hoje, mas naquela época eu gostava da minha cama em um determinado lugar, mas cada semana minha cama estava numa posição diferente.
Era muito ruim chegar em casa cansada de um dia de trabalho e estudo, entrar no quarto e ver minha cama em outra posição. Eu levava dias para me adaptar, dormia mal e quando eu começava a me adaptar ela mudava a cama de lugar novamente.
Nunca fui muito de contestar. Uma vez eu pedi para ela não mexer com a minha cama e ela falou algo do tipo: a casa é minha e eu faço dela o que bem entendo. Quando você tiver a sua, coloca a cama onde quiser.
Diante de tal argumento, falar o quê? Ela tinha razão, muito embora eu não concordasse. Ela utilizava-se desse argumento sempre que a gente tentava sugerir ou opinar sobre algo que ela houvesse mudado de lugar. Muitas vezes ela até pedia opinião, mas na hora da decisão prevalecia sempre a escolha dela.
No meu íntimo aquilo não era justo, afinal éramos uma família. Numa família a casa não seria de todos?
E aí, como toda boa filha, nunca a questionei mas dizia de mim para mim: quando tiver a minha casa ela será da família, todos opinarão, todos participarão de tudo.
Há quase 20 anos eu tenho a minha casa e coloquei em prática a minha teoria: casa de todo mundo, mas infelizmente não deu muito certo.
Com isso de a casa ser de todo mundo, tudo virou de todo mundo e eu perdi minha individualidade.
Não sei se não soube dosar o 'tudo de todo mundo', mas fui invadida, perdi meus apetrechos de unha, meus batons viraram terra de ninguém, não venço comprar brincos e meu guardarroupas vive uma bagunça sem tamanho, tudo revirado.
Tenho duas filhas e tudo que elas não encontram nas coisas delas, elas vêm nas minhas e fato é que isso me cansou e eu comecei a rever meu conceito e compará-lo ao conceito da minha mãe.
Juntou-se a isso o fato de que fui criada ouvindo que numa família todos precisam colaborar.
Esse conceito eu adotei porque creio que assim deva ser, tendo em vista que que a família é a primeira sociedade em que o ser vive e deve se desenvolver amplamente para a macrocélula. É na família que deve desenvolver-se a solidariedade, o companheirismo, a caridade, a honestidade, o respeito e tudo o mais que seja tão importante no convívio social mais amplo.
Em minha família de origem todos ajudavam com a casa. Existia o dia da limpeza, fazíamos mutirão, ajudávamos minha mãe e no final do dia a recompensa era todo mundo cansado e uma casa deliciosamente limpa e cheirosa. Isso eu quis incorporar na minha família, mas as coisas não funcionaram como eu desejava ou como eu pré-concebia que deveriam ser e eu comecei a me desgastar tentando colocar em prática conceitos que eu desejava que funcionassem porque eu creio que sejam os melhores.
Existe colaboração? Existe, mas não da forma como eu entendia que deveria ser.
Na verdade eu quis excluir o que para mim não serviu na minha criação e quis incorporar o que serviu da mesma forma como acontecia conosco e acabou que não deu certo.
Com o conceito de que a casa é de todos, todos deveriam ajudar a cuidar certo? Pode ser, mas não foi assim que funcionou e aí eu comecei a comparar a experiência de uma tia que sempre cuidou de tudo sozinha e vi que a vida dos filhos dela não é muito diferente da nossa. Todos têm suas famílias, suas casas e o fato de nunca terem ajudado com a organização ou o serviço não interferiu em suas vidas de forma negativa.
E nesse momento comecei a ver que estava na hora de quebrar meus próprios paradigmas. Comecei a ver que eu estava me desgastando e me frustrando com uma situação que eu mesma poderia modificar, uma vez que não estava dando certo da forma como eu estava tentando conduzir.
Já tem quase 2 anos que estou repensando esse posicionamento. Mudar não é fácil. Abrir mão de princípios dói. Dói principalmente porque abrindo mão você tem que admitir que de alguma forma você fracassou.
É ruim sentir que fracassou, mas é muito pior sentir frustração por não estar conseguindo fazer as coisas funcionarem como você crê que devam.
Uma vez ouvindo um programa de rádio, o apresentador Luiz Gasparetto falou que se o processo educativo causava dor era porque o educador estava indo pelo caminho errado.
Juntando tudo isso, tecendo essa colcha de retalhos, hoje eu posso dizer que quebrei paradigmas.
Hoje a casa é minha, estou recuperando meu espaço...coisa que não está sendo nada fácil face ao mal costume das meninas.
Não pretendo fazer como minha mãe. Não pretendo ser tão radical. Cada um tem seu quarto eu não vou invadir, não vou mudar coisas de lugar. Cada um cuide do seu porque disso não abro mão. O resto, deixem comigo!
Hoje estou mudando a forma de ver as coisas. Se a colaboração não for no sentido de ajudar no todo, que cada um cuide da sua parte sempre e colabore com o todo espontaneamente.
E aí lembrei de um ditado que diz: se você quer ver a mudança no outro, mude a si próprio primeiro. Eu mudei e os resultados começam a aparecer!

Agora recupero, além da minha individualidade, o casamento 'limpeza e música' e eles que aguentem! ahaha

Tenham uma excelente e abençoada semana!

Cláudia

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O Valor dos Pais (autor desconhecido)

Recebi este texto hoje e decidi registrá-lo aqui.
Estamos vivendo tempos em que se fala em globalização, os pais já estão preocupados com escola bilíngue para o filho durante a gestação, as crianças estão sobrecarregadas de atividades para as habilitarem para o mercado de trabalho. E não são crianças à beira da adolescência. Não! São crianças de 4, 5, 6 anos!
É, sim, importante fornecermos às nossas crianças as ferramentas para um futuro promissor, mas existem outras áreas da vida que precisam ser desenvolvidas, também, para que esse futuro promissor seja pleno e feliz!
O texto fala por si. Uma excelente oportunidade para refletirmos sobre como estamos criando nossos filhos e o que queremos para o futuro deles!
Excelente oportunidade, também, a todos nós que também somos filhos de refletirmos sobre quem somos e sobre quem nos transformou no que somos!

" Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa. 
Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última, tomando a última decisão.  
O diretor descobriu, através do currículo, que as suas realizações acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.  
O diretor perguntou, "Tiveste alguma bolsa na escola?"  
O jovem respondeu, "nenhuma". 
O diretor perguntou, "Foi seu pai quem pagou as suas mensalidades ?" 
O jovem respondeu, "O meu pai faleceu quando eu tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."  
O diretor perguntou, "Onde trabalha a sua mãe?" - e o jovem respondeu: "A minha mãe lava roupa."  
O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.  
O diretor perguntou, "Alguma vez ajudou sua mãe lavar as roupas?" - o jovem respondeu: "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu." 
O diretor disse, "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltar, vá e limpe as mãos da sua mãe e depois venha ver-me amanhã de manhã."  
O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou em casa, pediu, feliz, à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz, mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.  
O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpava com água.  
Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro. Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe. 
Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo. 
 Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor. 
 O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, "Diz-me, o que fez e que aprendeu ontem em sua casa?"  
O jovem respondeu, "Eu limpei as mãos da minha mãe e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram."  
O diretor pediu, "Por favor, diz-me o que sente?."  
O jovem disse "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar." 
O diretor disse, "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Está contratado." 
Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.  
Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis se desenvolverá mentalmente e sempre se colocará em primeiro. Ignorarará os esforços dos seus pais e quando começar a trabalhar, assumirá que todas as pessoas o devem ouvir e quando se tornar gerente, nunca saberá o sofrimento dos seus empregados e sempre culpará os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um tempo, mas eventualmente não sentirão a sensação de objetivo atingido. Irão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais. 


 Se somos esse tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?  


Pode-se deixar seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande TV em plasma. Mas quando cortar a grama, por favor, deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Deixe-o guardar seus brinquedos e arrumar sua própria cama. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer é amar e ensinar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, pois um dia ele irá envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.


 Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por mim? 


 O valor de nossos pais ..." 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Familiarizando a Adoção nas Escolas - DICAS PARA AS PRÁTICAS DOCENTES

É importante que se modifique o foco da abordagem de família nas escolas.
Este texto com dicas fornecidas pelo GEAAF - Grupo de Estudos e Apoio à Adoção de Florianópolis é excelente, traz sugestões de uma nova abordagem da família, levando em conta que a adoção tardia vem se tornando cada dia mais comum.
Ainda que não seja uma adoção tardia, uma criança que foi adotada ainda bebê não tem fotos da mãe grávida, por exemplo, bem como não tem a história de 'quando estava na barriga da mamãe'.

Posto este texto para que professores, orientadores, pais, diretores que porventura leiam este blog possam socializar.
Infelizmente ainda existem tarefas que pedem para a criança contar sobre a gravidez, contar a história do seu nome e, em muitos casos de adoção, principalmente da adoção tardia, o nome vem com a criança, não existe uma história, bem como não existe uma foto da mãe grávida, uma roupinha ou brinquedo de quando era bebê.
É importante que as escolas acolham esta nova ideia, deixando de valorizar tanto detalhes que para algumas crianças seria apenas um motivo de constrangimentos desnecessários.
Consta neste livro a árvore genealógica sugerida no texto para se trabalhar em sala de aula, valorizando-se, também, as relações de afinidade no convívio da criança.

Abaixo, o texto do GEAAF:

Familiarizando a adoção nas escolas
DICAS PARA AS PRÁTICAS DOCENTES

Apresentamos uma coletânea de situações vividas no ambiente escolar, a fim de sinalizar a relevância do cuidado do educador ao se relacionar com as diversas 
formas de família.
Familiarizando a adoção nas escolas.

• A Árvore da Família ou Árvore Genealógica que visa a construir a história familiar, identificar os antepassados e as diferentes relações de parentesco biológico,
precisa ser repensada. Permita que seus alunos elaborem a árvore de suas famílias, colocando as pessoas que têm importância para eles. Considere que o seu aluno - em especial, o filho por adoção - pode possuir duas árvores, a genealógica e a por afinidade. Observe o exemplo da árvore da família do livro “Conta de novo a história da noite em que nasci”, de Jamie Curtis, e trabalhe a árvore da família voltada para a história e realidade de seus alunos.

• Ao abordar semelhanças entre as crianças e suas respectivas famílias, transcenda as semelhanças físicas e aborde as afinidades. Incentive os seus alunos a falarem de
atividades que eles gostam de fazer em comum com seus familiares.

• Abordagens como: “Quando você estava na barriga de sua mãe...”; ou “traga fotos de quando você era bebê...”; podem causar constrangimentos, por diversos
motivos. O aluno pode não se recordar desses momentos, pode não possuir registro material, ou pode, também, não ter vivenciado essas situações com a família com
a qual convive atualmente. Peça aos seus alunos para trazerem materiais que eles consideram agradáveis de serem compartilhados. Permita que a escolha seja feita
por eles! Trabalhe a afetividade!

• “FILHO ADOTIVO NÃO É FILHO DOS OUTROS”.
...acho que é a mesma coisa ser da barriga ou adotado. Pode ser que no
começo seja diferente, mas depois é tudo igual. Eu não sou filho dos outros! Eu sou filho da minha mãe e do meu pai! Eu tenho uma irmã que é legal, a gente briga e tudo, igual em outras famílias. Depoimento dado por Rodrigo Larroid Cardoso,
filho por adoção, aos 10 anos de idade.

AGORA É COM VOCÊ!

(GEAAF. Grupo de Estudos e Apoio à Adoção de Florianópolis
Familiarizando a adoção nas escolas / organização Carmen Matos da Silva e Regina Helena Cintra Paes de Barros. Texto e pesquisa Adrienne Kathlen Melo do Lago. 1ed. Florianópolis: GEAAF, 2009.)




Tenham todos uma excelente e abençoada semana!

Cláudia