terça-feira, 27 de abril de 2010

Um oi rapidinho!!!

Genteeem, que saudades!!!

Quanto tempo sem escrever!!!
É que estou fazendo um trabalho de tricô para gêmeas que se anteciparam em nascer e estou tricotando full time. Ainda assim não consegui terminar antes que nascessem...snif
Também era para fazer um casaquinho e um par de sapatinhos para cada uma e eu inventei de fazer tudo que a lã conseguisse. Acabou virando um conjunto. Dois, na verdade...rss

Mas o que me traz aqui é outro motivo que não poderia deixar de dividir com vocês: meu orgulho com os filhos amados!!!

Como sabem, eles saíram de escolas públicas com uma defasagem muito grande em conteúdo, foram para um colégio particular, tiveram bastante dificuldade, se esforçaram bastante, estudamos muito juntos e o resultado surpreendeu até eles próprios!!!

Vejam se não dá prazer ficar apertada para pagar o colégio!!!
(cliquem em cima dos certificados para conseguirem ler...)


E com este resultado, ganharam um jantar especial com tudo que gostam, merecidamente!!!

Assim que entregar a encomenda, volto e escrevo com mais calma!

Aproveito e deixo um lindo texto que acabo de receber da minha amiga Márcia!!! Elogios funcionam!!! Todo mundo ama ser elogiado e meus filhos foram muito, muito, muito!!!

TERAPIA DO ELOGIO
Arthur Nogueira (Psicólogo)
Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios: Não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades e só se ouvem críticas.
As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam ‘valorizando os defeitos’ dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.
A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando; amigos, etc.
Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por conseqüência são pessoas que tem a obrigação de cuidar do corpo, do rosto. Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias.
A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.
Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos, subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.
Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo quer se sentir querido, a boa dona de casa valorizada, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro; é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa.
Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma?
Comece agora!

Você foi lembrado porque é uma pessoa maravilhosa e especial para mim!
Tenha um excelente dia... Sempre!
As,
Fátima

bjs e tenham uma semana abençoada!

Cláu

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Voltando ao assunto: a Escola e a Criança Adotiva...

Estamos em pleno século XXI, muito se fala de evolução, de despreconceitualização, de aceitação, de quebra de paradigmas, mas de vez em quando acontecem coisas que nos mostram que nem tudo evoluiu tanto assim...

Estou escrevendo isso hoje porque vejo que o número de visitas é infinitamente maior do que o número de pessoas que deixam comentários, o que faz eu me atrever  a imaginar que dentre estes tantos visitantes haja professores, coordenadores pedagógicos, pessoas envolvidas com educação que possam fazer a diferença em suas escolas!

Em tempos de inclusão, onde dizem que as escolas se abriram e aceitaram as diversas formações familiares, como explicar que algumas escolas ainda mantenham atividades onde constem:
- pedir foto da mãe grávida?!
- pedir uma peça de roupa de quando a criança era bebê?!
- pedir para a mãe escrever sobre a história do nome da criança?!

Será que as escolas realmente se abriram para TODAS as formações familiares existentes?!

Quando uma escola propõe atividades como estas citadas, está valorizando apenas laços consaguíneos e admitindo como filhos apenas crianças que foram geradas por suas mães biológicas excluindo, automaticamente, crianças que foram adotadas maiores, crianças que vivem com a madrasta ou com uma tia e em cujo relacionamento exista uma lacuna do período de gravidez e primeiros anos de vida, crianças que foram adotadas ainda bebês porque dificilmente uma mãe adotiva tem foto da mãe biológica grávida e ainda que tenha, creio que não vai desejar mandar tal foto para a escola do filho, crianças abrigadas!!!

Para estudar a origem e a formação da família não precisa, necessariamente, se utilizar foto de mãe grávida, sequer de roupinhas de bebê!
Uma criança pode nascer para sua família já com meses ou anos, pode vir com um nome e este não ser mudado por uma série de fatores!
Como ficam as famílias e as crianças nestas condições de formação familiar quando uma atividade pede a história do nome ou uma foto da mãe grávida?!
Será que os senhores e senhoras que programam tais atividades nunca se questionaram ou será que nem sabem que famílias adotivas existem e que filhos adotivos podem chegar em diversos tamanhos e idades?!

Ah, mas tem uma outra atividade: a de ver com quem a criança se parece!
Esta atividade também é exclusiva!!!
Um filho biológico pode não se parecer com os pais, mas parecer-se com um dos avós, um dos tios...
E uma criança adotiva?! Com quem se parecerá?!
Há casos de crianças que até se parecem de verdade com suas famílias adotivas, existe uma identificação física com pais e parentes, mas existem adoções inter-raciais! Como identificar semelhanças?! Como uma criança se sentiria quando, sendo obrigada a se comparar com sua família, com seu porto seguro, descobre ainda em tenra idade que não se parece com ninguém?!
Esse é um processo natural,  a criança vai descobrindo aos poucos, ao longo dos anos, que não existe semelhança física, mas ela tem o tempo de compreender que o que vale, mesmo, é o amor, a ligação que existe entre ela e a família. É cruel demais colocar uma criança pequena para confrontar tal realidade!

Vejo vez ou outra uma mãe desesperada por não saber o que fazer quando uma atividade como esta é proposta!
Ir falar com a professora e a coordenadora é um caminho, mas se a atividade está em andamento, o que fazer se seu filho está fora dos quesitos pedidos na lição?! Não mandar a crinaça para a escola?! Não fazer a atividade?! Mentir?! Mudar a criança de escola?!
Por mais que as famílias tratem a adoção de forma natural dentro de casa, por mais que uma criança de 3, 4 anos saiba (ou tenha noção) de que não nasceu da barriga da mamãe, ela dificilmente vai entender porque todos os amiguinhos têm fotos das mães grávidas e ela não!

Eu mesma tive minha família atingida por uma situação de estudo de formação familiar, com uma "professora" que estava mais preparada para fazer cestas de café da manhã do que para lidar com crianças, que aceitou naturalmente todos os depoimentos de diversos tipos de família que as crianças expressaram, mas que perguntou para o meu filho porque ele foi adotado, porque a 'mãe de verdade' deu ele! Isso para uma criança de 7 anos de idade!!!

Não sou vingativa e compreendo que cada um só dá o que tem, mas  neste caso ela certamente tem um lugar reservado no inferno pelo que fez e pelo que causou no emocional dele e, graças ao bom Deus, ela viu que o negócio dela eram as cestas e parou de lecionar, assim estará poupando outras crianças de passarem pelo que meu filho passou!!!

Fica aí uma reflexão, porque em tempos que tanto se fala de inclusão é triste ver que ainda existam escolas  que não reelaboraram algumas atividades e não as adaptaram para os tempos modernos, não incluíram verdadeiramente TODAS as diversas e mais variadas formas de família!

beijos,

Cláu

terça-feira, 6 de abril de 2010

Uebaaa...Selinhos!!!

Eu tinha planos de continuar o assunto aí de baixo, mas ganhei selinhos...uhuuuuuuuu

Então vamos lá...

Ganhei este selinho da Déia:  http://filhosdesejados.blogspot.com



E deixo para os blogs
da Dea e da Gaby:
www.gabrielaminhabencao.blogspot.com
da Ana, da Luisa e da Mariana:
http://anaeluisa.blogspot.com/
da Paula:
http://paulaefilhos.blogspot.com/
da Priscila:
http://www.prieasmeninas.blogspot.com/
da Naty:
http://toledofamiliatricolor.blogspot.com/


 A Regra é:
1- Exibir o seilinho no seu blog
2- Linkar o endereço do blog de quem vc recebeu o selinho.
3- Indicar seus 5 blogs favoritos para receber selinho tb.

Estes outros 2 recebi da Paula:

AS REGRAS SÃO:
1) O que mais gosta em si:
 O que mais gosto em mim é a lealdade nos relacionamentos e a dedicação à minha família!

2)Dizer o que mais gosta no blog que te deu o selo:
A Paula é guerreira: mãe, profissional, esposa, dona de casa e ainda mantém o bloguinho sempre atualizado e com lindas fotos!
3)DESAFIAR 6 BLOGS E DIZER O QUE GOSTA NOS BLOGS QUE INDICOU:

Deia:
A Deia é uma amiga querida de muitos anos, acompanhei a chegada dos seus tesouros, é muito meiga, amiga, dedicada à família e agora, mais uma guerreira que voltou a trabalhar!!!
Do blog, adoro as fotos, as novidades das cças e os textos sempre muito interessantes!

Sandra:
Tbm uma amiga querida de muitos anos e uma companheira para trocar figurinhas sobre tricô...rss
Do blog, amo as fotos e as novidades das meninas!

Kátia:
Eu e a Kátia nos aproximamos muito qdo eu eperava a Taís e ela a Yasmin!!! Já nos conhecíamos há bastate tempo, mas ficamos realmente amigas nesta época!!!
Adoro as fotos e o jeito despojado como ela escreve no blog!!!

Lisa:
Conheci o blog da Lisa um dia 'por acaso' e acabei ficando pq me tocou muito fundo o que ela estava passando naquela ocasião!!!
Adoro os textos e o jeito livre como ela escreve!!!

Paty:
Adooooooro as zilhões de fotos que a Paty posta dos finais de semana...qdo ela lembra de levar a câmera...rsss...das novidades e das lindas mensagens!

Cláudia:
É uma amiga muito querida! Embora atualize de tempos em tempos o blog, adoro qdo ela escreve, amo ver as fotinhos da Gigi e acho o blog lindooooo!!! Amo a Ariel...rss




REGRAS:
1) O QUE É SER DIVA?
Ser Diva é ser mãe, esposa, dona de casa, professora dos filhos, mototista, blogueira e ainda encontrar tempo para sonhar, planejar o futuro!
2) Ser seguidora do blog
3)Enviar para 6 amigas: envio para as mesmas 6 que enviei o outro selinho!

bjs,

Cláu

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A Escola e o Aluno Adotivo ou Abrigado

Por motivo de indignação profunda por ainda haver escolas que abordam família apenas por constituição sanguínea e  que admitam como filhos apenas os que chegam recém-nascidos, vou postar este texto!

Na semana falo da Páscoa e posto fotos!

A Escola e o Aluno Adotivo ou Abrigado

A Escola e o Aluno Adotivo ou Abrigado *

Trabalhar o tema educação nas escolas é sentido e vivido por muitos pais adotivos, Grupos de Apoio à Adoção e abrigos como uma necessidade. São muitas as situações de angústia e desconforto por uma realidade que não inclui os filhos por adoção ou as crianças/adolescentes abrigados nos conteúdos didáticos e nas relações sociais estabelecidas no universo escolar.

A escola cumpre papel fundamental na formação intelectual e moral de nossas crianças e jovens. Coloca-se como um espaço onde são aprendidos e reproduzidos conceitos e comportamentos culturalmente vividos na sociedade; também conceitos relacionados à família e a adoção. É o espaço propulsor de mudanças e de descoberta de novos conhecimentos.

A escola atua como parceira dos pais e dos abrigos na educação de seus filhos e abrigados, pelo tempo em que permanecem na instituição e pela influência que as relações e o meio social exercem na formação do indivíduo. Entendida a sua importância, faz-se necessário ponderar sobre dois aspectos: a família que se constitui ou aumenta pela adoção e, as situações temporárias e muitas vezes indefinidas das crianças e jovens nos abrigos.

Assim como há algum tempo atrás não foi possível pensar a família a partir do conceito aprendido da 'família nuclear burguesa', a família tradicional: pai, mãe e filhos, unidos pelo casamento e o sistema educacional deixou de considerar este modelo como ideal, normal e desejado e passou a incluir a realidade de outros arranjos familiares - filhos de pais separados, de família monoparental, de famílias recompostas, de união consensual, da convivência com membro do grupo familiar ampliado, etc. - retirando, dessa forma o estigma de 'anormalidade' desses novos arranjos familiares, fazendo com que nossas crianças deixassem de se sentir diferentes e excluídas do sistema educacional, o mesmo precisa acontecer, agora, com a família por adoção e a criança temporariamente abrigada.

Nesta mesma perspectiva a família adotiva é considerada como ‘inferior’ ou de ‘menor valor’ porque não atende ao modelo tradicional de filiação biológica. Forma-se e se consolida pelas relações afetivas e não pelas relações biológicas.

Todos nós aprendemos na escola como alguém se torna filho através da biologia, da união das ‘sementinhas’ do homem e da mulher, mas não aprendemos que alguém pode se tornar filho de outras maneiras, como conseqüência do afeto e do desejo; que alguém pode ser mãe e pai de filhos que não têm a sua ‘sementinha’, o seu sangue. Não aprendemos a diferenciar o ato de ‘procriação’ do ato de ‘filiação’ e entendemos as duas palavras como sinônimos, quando na verdade não o são.

Não aprendemos na escola que não basta conceber um filho, é preciso amá-lo e deseja-lo como filho para que se torne filho. Enfim, aprendemos que pais ‘verdadeiros’ são os pais biológicos, os que colocam no mundo e isto nem sempre confere com a verdade. Talvez se tivéssemos aprendido que pais são os que amam, se responsabilizam, os que ajudam os filhos a crescer e os que assim são reconhecidos pelos seus filhos, não usaríamos a expressão ‘pais verdadeiros’ para fazer referência aos que procriam. Porque fazendo tal referência, por conseqüência, consideramos os pais adotivos como não sendo verdadeiros, como falsos pais.
Se pensarmos bem, veremos que também os pais biológicos adotam afetivamente como seus filhos as crianças que geram, quando decidem assumi-las como pais. Outros simplesmente participam do ato da procriação, mas não se tornam pais. Então, os que assumem afetiva e efetivamente crianças como filhos, independente de serem ou não seus genitores, se tornam PAI e MÃE de verdade.

É preciso reformular os conceitos de paternidade, maternidade e filiação e considerar a variedade de situações familiares. É preciso desaprender o aprendido para poder entender de outra forma, sem preconceitos, sem mitos. E não se desaprende num dia o que se aprendeu numa vida. E não se muda de uma hora para a outra o que está no nosso coração, no nosso entendimento e visão do mundo e das coisas.

É preciso mudar culturalmente e isto demanda tempo. Mas todos concordamos que está na hora de começar e, neste processo de mudança, é fundamental a participação das Unidades Educacionais. Acreditamos na Escola, no seu papel educativo e formativo das novas gerações. Acreditamos nos educadores e na sua capacidade e sensibilidade para fazer acontecer o novo.

Entendemos e partimos da premissa que os educadores são pessoas da população, que também passaram pelos bancos escolares e que também aprenderam a valorizar a filiação biológica; que não foram preparados e educados para falar sobre adoção ou sobre crianças abrigadas com situação familiar ainda indefinida, para viver e entender os múltiplos aspectos de uma relação adotiva. Como toda a população, também carregam preconceitos e mitos perpassados culturalmente na família e na escola.

Sensibilizar os educadores para a questão da adoção e da necessidade de reformular conceitos, buscar informações e compreender o papel da escola na construção de uma nova cultura se coloca imperativo no trabalho dos Grupos de Apoio à Adoção, até porque com o aumento desses grupos em todo o país, os filhos por adoção estão cada vez mais esclarecidos sobre esse assunto e aos educadores seria importante acompanhar essa evolução cultural.

Thelma Pascucci Ferrão – Presidente do ACONCHEGO Grupo de Apoio à Adoção de Bragança Paulista – maio/2006-05-12

Em comemoração ao dia 25 de Maio – DIA NACIONAL DA ADOÇÃO

* Adaptação do texto ‘Escola, as questões da família e adoção’ de Isabel L. Funk Bittencourt, Assistente Social do Judiciário de Santa Catarina, publicado no Boletim Informativo nº 38 do GAARC – Grupo de Apoio à Adoção de Rio Claro em setembro de 2004.