segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Pequenas gotas de amor!

Sábado eu passei o dia de cama.
É...um programa nada legal para um sábado.
E quando uma mãe fica inutilizada doente, filho pequeno aproveita para fazer arte, não é mesmo?
Foi o dia inteiro um tal de 'mããããe, posso ligar o teclado?', dez minutos depois 'mããããe, posso subir na árvore (eu não estava deixando poque andou aparecendo marimbondos e ela é alérgica), mais dez minutos e 'mããããe, posso isso', 'mãããããe, posso aquilo'.
Passamos o dia nessa porque nada, nenhuma atividade apreende a atenção por mais de 10 minutos, até que:

- mããããe, posso fazer amarelinha no chão com carvão?
- não...
- aaaaaaah, purqueeeeê?
- porque você joga carvão na casa do vizinho. (sim, ela fez isso!)
- maiseu num vô jogá, mãããe!
- então pode, mas faz a amarelinha lá perto do muro.

Ela ficou boa parte da tarde no quintal, riscou o chão, brincou de amarelinha, chamou a Laica para pular amarelinha com ela, brigou porque a Laica não brincou direito, brincou de correr com a Laica.
Ontem quando saí no quintal pela manhã dou de cara com isso na parece:


Na hora que vi, primeiro achei fofo. Depois fiquei brava, afinal quem deixou a criança escrever na parede? Tudo bem que a parede está para ser reformada, está suja e tal, mas e se estivesse pronta?
Pensei em chamá-la para tirar satisfações e, mais uma vez, dar o chá de língua que não se escreve em parede, que agora as paredes estão feias, mas que logo estarão reformadas, que não vai mais poder escrever e todo aquele blá, blá, blá que uma chata boa mãe faria, mas me perdi no pensamento lendo e relendo a parede e, de repente, meus pensamentos fugiram para outro ponto. De repente a arte na parede ficou linda.
E ficou linda pelo significado. Num segundo eu olho e vejo rabiscos na parede, em outro eu olho e vejo:
- 1 conjunto (daqueles matemáticos, lembra?) com um título, um coração e nomes de componentes da nossa família. Todos eles, sem uma ordem, sem um grau de maior ou menor importância.



- um coração formando um conjunto: Deus e Jesus.


E então entrei e não a chamei. Deixei a obra de arte lá, quietinha, e ela pensando que eu não vi. Sim, porque eu sei que ela sabe que se eu visse, que iria brigar. rss
Passei o domingo pensando a respeito do significado da arte e concluí que ela é uma criança feliz, que se sente parte de um todo, que se sente amada e que está apreendendo tudo o que é importante, ou tudo o que eu e o pai dela valorizamos nesta vida: família, Deus, os ensinamentos de Jesus.

E quem tem família, Deus e Jesus tem tudo nesta vida para ser feliz.
E quem tem tudo nesta vida não precisa levar bronca por uma obra de arte!
Depois de muito pensar, concluí que a obra de arte dela, para mim, são pequenas gotas de amor que ela vem absorvendo como a terra absorve as pequenas gostas de orvalho!

Cláudia

3 comentários:

  1. Achei a parede linda!!
    E você conseguiu captar o que a arte dessa menina sapeca significa.
    Taís é muito especial.
    Beijos.

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  2. Ownnn!!!

    Agora pensa numa moldura e so reforma a parede em volta ;)

    Amo tus tudim!

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