terça-feira, 7 de maio de 2013

Renata Palombo - Terceira convidada


Hoje temos como convidada a queridíssima amiga Renata Palombo!
Ela escreve para os blogs  Descobrindo a Maternagem e Donas de Casa Anônimas, que se você ainda não conhece, valem muito à pena!
Renata é uma amiga muito querida que com sua experiência materna conseguiu se transformar e transformar muita gente!

Vamos lá...

Ser mãe e ser filha

O dia das mães vem chegando e o "mundo" fica voltado para este tema. Escolas, comerciais de TV, comércio...enfim...é impossível não sermos tocados a pensar sobre o assunto. o que sua mãe significa para você e o que você significa para seus filhos como mãe.
É difícil pensar em tudo isso porque é tudo tão ambivalente...
Como psicóloga clínica vejo surgir na fala dos meus pacientes constantemente acusações contra as mães.
Mágoas e mais mágoas porque a mãe fez isso ou deixou de fazer aquilo. Depositam "na conta" das mães uma série de traumas, complexos e situações da vida real mal resolvidas. O pior é que eu não sou diferente de tudo isso e assim como muitos pacientes que eu atendo acabo colocando "na conta" da minha mãe uma série de limitações que são minhas. Ainda assim a grande maioria destes pacientes amam tanto estas mães que não saberiam viver sem elas.
 Eu mesmo não sei viver sem a minha. Minha mãe é importante demais para mim e mesmo hoje, adulta, com dois filhos é à minha mãe que recorro todas as vezes que preciso de colo e proteção. Se me dá dor de barriga de madrugada tenho vontade de ir para a casa da minha mãe. Se sinto medo do vento quero estar perto dela. Se estou doente quero comer a comida dela. Se acontece algo de legal na minha vida quero que ela saiba logo.
Existe algo mais ambivalente do que isso?
E quanto a ser mãe, então? Filhos dão trabalho, tiram nosso tempo, mudam nossa rotina, dobra, triplicam quadriplicam nossas preocupações e ainda assim a gente os ama cada dia mais e mais com um amor que parece que nunca vai parar de crescer. E digo mais: às vezes eu sinto que ser mãe vicia porque eu tenho vontade de ter muitos filhos. Sonho em viver todas as situações de maternidade que existem, parir de várias formas. Eu nem consigo explicar porque é tão bom ser mãe. É algo visceral! Como explicar algo que te tira tanto e ainda assim você sente como se tivesse ganhado o mundo? Existe algo mais ambivalente do que isso?
Acho que a única coisa que talvez pudesse tentar explicar tudo isso é o AMOR!!! Sim, o amor...afinal o amor também é ambivalente: você AMA mesmo com raiva, AMA mesmo quando está triste, AMA mesmo quando decepcionada, AMA mesmo cansada...
Ser mãe, sem dúvida, é AMAR! E ser filha também, né?








Renata Palombo é mãe, esposa, psicóloga, dona de casa e blogueira.

(na foto a mãe e os filhos da Renata: dona Sonia, Natália e Diego).








Grande beijo!

Cláudia

8 comentários:

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