terça-feira, 14 de maio de 2013

Giselle Dutra - Sexta convidada


E dando continuidade à série "Convidadas", hoje trago minha querida Giselle Dutra.
Estaremos com textos até a semana do dia 25 de maio, Dia Nacional da Adoção!

Vamos conferir?

Mulher-Mãe ou Mãe-Mulher... a Maternidade bipolar


Outro dia mesmo, eu acordei, olhei ao redor e vi minhas bonecas e cadernos pelo quarto e disse: "Já tenho que ir para escola?? Que preguiça! Mãããe, me dá mais 5 minutos por favor?"

Hoje eu acordei, olhei ao redor e vi o celular do lado de um livro caido no chão, despertador gritando e uma voz macia dizendo assim: "Mãe, tá na hora de ir para a escola".

Que vontade de pedir mais 5 minutos!! Mas aquela vozinha te impele pra frente de uma forma espetacular. Você pode estar sentindo o peso do mundo nas costas mas ela te puxa, te levanta. É assim que me sinto hoje, mãe de um menino e uma adolescente.

Parece que foi ontem quando minha mãe me cuidava, me colocava para escola, mandava parar de brincar e tomar banho. De repente, algo dentro de mim, me impulsiona a começar a fazer exatamente como ela fazia.
Mas a maternidade não é algo natural. Discordo da ideia de que é intrínseco a todas as mulheres.

A maternidade é um exercício.
Todo os dias me vejo filha, me vejo mulher e me vejo mãe.

Quando o peso das obrigações diárias me abalam, um sorriso, um olhar, um abraço dos meus filhos me renovam...

Como algo pode ser tão incrível e desesperador?
Como algo pode ser tão forte e amedrontador?
Como pode ser tão maravilhoso e assustador?
Todas as mães que conheço sofrem dessa espécie de bipolaridade...rs

A maternidade é uma montanha russa?..rs
Talvez... por isso não é para qualquer uma.
Tem que ter estômago e coração, força nos braços e cabeça não muito boa...rs

Só quem passa por essa experiência única é capaz de sentir... por que descrever, não consigo.

Como disse anteriormente, para mim a maternidade é um exercício cotidiano de reconhecer-se mãe, mulher, filha, esposa, EU.
Engraçado, que hoje só vejo eu, a Giselle, com duas extensões chamadas Elaine e Kauã.
Nunca mais serei uma. Agora sou 3... seria, então, uma tripolaridade?










Giselle Dutra, é mãe, esposa do João, professora, militante da adoção.










Beijos,

Cláudia

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