quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Enfim...

Chegamos ao último final de semana de maio e o ensaio no sábado foi o último, portanto com mais exigências!
Já tínhamos um número considerável de casais, algumas meninas iriam dançar em duplas tbm.

Embora eu não gostasse de participar destas festas, estava me divertindo com os ensaios e tive oportunidade de conhecer bastante gente bem legal, fui logo incorporada ao grupo mesmo sem fazer parte da Mocidade e pude participar de trabalhos beneficentes com este grupo que muita satisfação me trouxeram!

No sábado foi uma confusão muito grande, muita gente no ensaio.
Neste sábado havia mais gente que o habitual e entre a multidão um rapaz me chamou a atenção numa hora em que fui beber água.
Estávamos no centro e quando fui usar o bebedouro ele estava sendo usado por um rapaz que eu ainda não tinha visto nos ensaios ainda, assim como outros que apareceram naquele dia.
Eu não sabia quem era, mas um arrepio me correu a espinha. Não sei explicar! Não trocamos uma palavra! Ele tomou a água e se afastou para que eu pudesse beber também.
Voltamos para o ensaio sem nada falar. Apenas um aceno de cabeça e um sorriso amistoso como se cumprimenta desconhecidos. Mais nada!

E ainda neste sábado fiquei sem saber quem era o André!
Aliás, neste dia eu nem soube se ele havia ido ou não, porque a Rose nada comentou. Achei que o par dela poderia ser mais um 'avulso' já que ela vinha dançando a cada semana com um par!

No domingo o ensaio foi na casa de uma senhora que morava perto do centro, onde o quintal era bem grande e agradável.

Como em todos os outros ensaios, muita risada, muitas brincadeiras, muita alegria que é inerente aos jovens adolescentes!
Eu estava intrigada!
Será que não saberia nunca quem era aquele tão falado André?!
E o ensaio correu como nos outros dias, mas com a expectativa de ser o último!
Na semana seguinte nos apresentaríamos na quermesse!

Quando os ensaios eram na casa desta senhora, levávamos cada um um prato e fazíamos um lanche depois do ensaio!
Eu já havia feito algumas amizades e era agradável estar ali!

Neste domingo, como nos outros, fomos embora em grupos.
Eu saí com duas meninas: a Paula e a Rose.
Quando estávamos subindo a rua em direção ao ponto onde elas pegariam o ônibus, mais ou menos no meio do percurso da ladeira, a Rose estanca no meio da rua e diz:

-Ah, mas eu não me despedi do André! Não posso ir embora sem me despedir dele!
E voltou!
Eu e a Paula voltamos junto e eu, com o coração disparado, só pensava: 'então ele veio hoje! Não posso perder a oportunidade de ver quem é!'.

Quando chegamos no portão da casa havia 2 rapazes com a dona da casa, conversando animadamente.
A Rose então, de forma bem expansiva, abriu os braços e foi falando:
- Aaaah, André, eu não poderia ir embora sem me despedir de você!
E o abraçou demoradamente!

Para minha surpresa, era o rapaz do bebedouro do dia anterior!
Afeeeeee! Fiquei com as pernas tremendo...rss

Ficamos os 5 ali conversando com a dona da casa mais um pouco, nos despedimos e iniciamos a subida novamente.
Saímos todos juntos, mas a certo ponto os outros 3 ficaram um pouco mais à frente e nós dois ficamos para trás.
Fomos perguntando coisas um do outro e ele achou que eu tinha 16 anos!
Quando falei que tinha 20 ele se surpreendeu. rss
Aí passou a demonstrar mais interesse na conversa. Diz ter achado que eu era muito nova, quase da idade da irmã dele.
Até então eu não sabia que a Paula era sua irmã! Ela tinha 15 anos e foi uma das meninas com quem me afinizei desde o princípio.

Chegando ao ponto do ônibus, enquanto esperávamos a condução dele e da irmã, ficamos surpresos com nossas semelhanças de interesses na vida!
Eu e ele fazíamos faculdade, trabalhávamos, ele contou da família enorme dele e eu da minha pequena família e assim a coisa transcorreu até que ele perguntou se eu tinha telefone.
Imediatamente peguei um pedaço de papel e caneta e dei o telefone do serviço, um número que era direto e tocava na minha mesa...rsss...e o telefone de casa!
Ele dobrou o pequeno papel e colocou na carteira.
O ônibus chegou, eles entraram e eu segui para casa à pé, pois morava há algumas quadras dali.

A certo ponto da conversa, ao olharmos nos olhos um do outro foi como se o olhar dele penetrasse até meu estômago. Uma coisa estranha! Algo que eu nunca havia sentido antes!

Desci a rua de casa, para variar, inconformada comigo mesma novamente!
Como fui dar o número de meus telefones para um desconhecido?!
O do serviço até tudo bem, mas e o de casa?! Não deveria ter feito isso!!! Porque agi assim, já que nem o pessoal do grupo de trabalho da faculdade tinha o telefone da minha casa?!
Eu sempre fui muito seletiva para dar o número de casa! Deveria estar perdendo o juízo de vez! Só podia ser!
Era a segunda vez em menos de 1 mês que eu agia por impulso!!!
Não estava me reconhecendo!

Embora estivesse indignada, naquele dia sentia algo diferente que não sabia explicar! Uma sensação de ansiedade e alegria.
Demorei para pegar no sono, tive uma noite agitada e durante a semana fiquei esperando que o telefone tocasse no serviço!
Não deixei ninguém atender! Nos primeiros dias nem almoçar eu fui! Comi no escritório, mesmo.

E o telefone não tocou...
A semana transcorreu assim: eu ansiosa, o povo do serviço tirando o maior sarro de mim por conta do telefone.
Aí minha indignação aumentou: como eu poderia estar esperando um telefonema como aquele?! Era lógico que ele não ía ligar!!! Quanta idiotice a minha!!!

E chegou o grande dia!!! Nossa apresentação na festa junina!!!
Nos arrumamos no salão de festas do abrigo, dançamos, participamos da festa. Tudo muito animado e divertido.
Como voluntários do abrigo, dávamos atenção aos nossos idosos também!

Ao término da festa, ajudar a arrumar a bagunça da rua e o reforço para chegarmos mais cedo no domingo para ajudarmos a arrumar tudo novamente para a festa.
Uma despedida rápida e fim para o sábado.
Nenhuma novidade!

Por agora é isso!

bjs,

Cláu

2 comentários:

  1. Claudia estou adorando esta linda história.

    beijos

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  2. AH! Não tem que arrumar mais tempinho livre para nos contar o fim desssa história.
    Bjs
    Josi e Léo

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