No domingo fizemos a segunda apresentação.
Apesar do frio a festa era sempre um sucesso!
Ao final da festa, enquanto arrumávamos a rua, a turma começou a programar um passeio para a próxima quinta que seria feriado de Corpus Cristi.
O passeio seria ao Planetário, no Ibirapuera e o encontro seria no metrô Penha às 9:30h da manhã.
Na segunda-feira finalmente meu telefone, aquele que ficava na mesa de trabalho, tocou!
Era ele!!!
- É a Cláudia?!
- Sim!
- Oi...é o André da Mocidade, tudo bem?!
E o coração quase saiu pela boca! kkkk
Tentando disfarçar a voz:
- Tudo...tudo bem!
- Você vai ao Planetário quinta?!
- Lógico que sim!
Aaaaai que fora! Lógico porquê?!?!?! Não tinha nada de lógico porque eu poderia bem não ir! Percebi na ora que dei bandeira, mas simplesmente saiu! Percebi também que ele achou graça no meu jeito e fiquei ainda mais desejando que um buraco se abrisse ali, naquela hora! Só agradecia a Deus que essa situação embaraçosa fosse por telefone, porque se fosse pessoalmente acho que eu desintegraria! kkkk
Ele deu uma risada e disse que iria também.
A conversa não passou disso. Não tínhamos muito o que dizer, até pq o cérebro parecia estar vazio!
Despedimos e ficou de nos encontrarmos no passeio.
Aquela estava sendo uma semana difícil para mim! Embora eu estivesse indo muito bem no curso de Administração na faculdade, melhor até do que muita gente que já trablhava na área, não era o curso que me atraísse, eu estava infeliz e sem motivação para continuar.
Entrei no curso mais por causa dos meus pais...um grande erro!...e estava pagando o preço!
Tinha que decidir o que fazer, pois estávamos fechando o semestre e eu tinha que decidir se parava ou continuava naquele momento.
Depois de muito pensar, decidi trancar a matrícula. Fiz isso na quarta, véspera do feriado.
Embora fosse o que eu queria, fiquei muito mal. Sabia que não seria aprovada minha decisão em casa, mas sabia que era o melhor a fazer!
Naquela noite não dormi e pela manhã senti minha mãe desapontada com a notícia.
Estava muito triste e tinha decidido não ir ao passeio, mas comecei a conversar com meu irmão e ele apoiou, disse que se eu não estava feliz que tinha feito o melhor, que teria o semestre para decidir o que fazer no próximo ano e que eu deveria ir ao passeio, que ficar em casa remoendo não ajudaria em nada.
Faltava pouco para as 9:00h. Não daria tempo!!!
Troquei rápido, meio querendo desistir novamente, mas acabei saindo correndo até o ponto do ônibus.
Realmente não adiantaria ficar remoendo a decisão tomada!
Eu não sabia onde ficava o Planetário e fui decidida a voltar para casa caso não os encontrasse no metrô.
Entrei no primeiro ônibus que iria para o metrô e, para minha surpresa, encontrei mais um retardatário...rss
Um dos meninos do grupo de Mocidade que havia se atrasado, tbm. Ele sabia onde era o Planetário e ficou feliz quando entrei no ônibus. Desta forma ele não precisaria ir sozinho encontrar o pessoal no Ibirapuera se eles não estivessem mais no local combinado.
Fiquei mais animada e vi que o dia poderia ser muito bom! Estava calor, o dia estava lindo.
Chegamos às 9:40h e para nossa surpresa estava todo mundo lá!
Eles haviam decidido esperar até as 9:45h!
Assim que chegamos virou uma confusão. Risos e cochichos e, de repente, todo mundo saiu correndo de mãos dadas!
Eu passava pela catraca e o André ficou para trás!
Descemos juntos.
Achei muito estranha a atitude do grupo, mas tudo bem. Pareceu (e foi! rss) que haviam nos deixado para trás de propósito!
Eu não tinha comentado nada com ninguém. Porque será, então, aquela atitude?!
O André não dava mostras de estar interessado nem nada, apenas conversamos, ele ligou uma única vez para saber se eu ía ao encontro.
Enfim...embora não achasse nada do que estava acontecendo natural, tentei agir com naturalidade...rs
Entramos no vagão do metrô, descemos na Sé, fizemos a baldeação e sempre o grupo na frente e nós dois para trás...rss
No caminho para o Ibirapuera, descendo a rua, logo que passamos em frente ao prédio da Unifesp, no cruzamento seguinte, a surpresa:
O André pegou na minha mão para atravessarmos a rua e, daí para a frente, não soltamos mais!
Descemos até o parque de mãos dadas.
Conforme o pessoal foi se virando para falar alguma coisa e foi vendo, a confusão se armava: todo mundo rindo e cochichando e andando cada vez mais rápido para se distanciarem da gente!
Não sei descrever até hoje a sensação.
Embora eu não estivesse querendo um relacionamento naquele momento, também não tive forças para resistir e deixei a coisa andar!
E no dia 14 de junho de 1990, o André pegou na minha mão naquele cruzamento e não soltamos mais, literalmente!
Lá se vão quase 20 anos!
A surpresa da volta fica para outro post.
beijos e até mais!
Cláu
Claudia isso sim é que é gostar de suspense viu.
ResponderExcluirlinda sua históri de amor.
eu moro próximo ao metro penha você também ?
beijos
isso não se faz.... lindo!!! Quero mais!!! bjksss
ResponderExcluirAi que lindo....to doidinha pra ler o restante da historia.
ResponderExcluirconta mais vai.
Ah fiz um blog, anote o endereco e coloque aí no seu....bjs
http://yasmineseumundo.blogspot.com
Oi, Cláu! Estava aqui vistando. Lindo! Adoro ler o que vc escreve.
ResponderExcluirOlha, quando tiver um tempinho, atualiza o endereço do meu blog, pois o que está aí é o antigo. http://psicologiaeadocao.blogspot.com/ Obrigada por ter me lincado!
Um abraço.
Claudia tem selinho no meu blog para vocês.
ResponderExcluirbeijos