E dando continuidade aos textos das amigas convidadas, hoje trago o texto da amiga Renata Rosa Caulo que escreve no blog Cartas para minha filha. Lá você encontrará textos bem escritos, muita emoção e muito talento! Vale à pena conferir!
Vamos conhecer a história da Renata?
O despertar da maternidade
Eu nunca quis ser mãe até o dia em que conheci uma menina
linda que estava no abrigo e me apaixonei tão forte e profundamente que percebi
que na verdade o que eu não queria era engravidar, mas que eu queria sim ser mãe daquela criança.
Eu nunca antes tinha
sentido um amor tão arrebatador em toda minha vida, mas para minha infelicidade
apesar de abrigada ela não estava livre para adoção, foi duro, eu sofri meu
primeiro aborto, fiz tudo que estava a
meu alcance naquele momento para ficar com ela, mas fui vencida pelo sistema.
No entanto já era tarde pra voltar atrás, era tarde para
voltar a sonhar com uma vida a dois para sempre, já estava fecundado em
mim a sementinha da adoção e a partir
daí meus sonhos passaram a ser povoados por uma menininha.
O engraçado é que antes nos vangloriávamos de não ter
filhos, podíamos sair e voltar a qualquer hora, podíamos dormir no domingo à tarde, eu não precisava gastar meu dinheiro com uniforme e material escolar, que
maravilha era minha vida, como eu era feliz e agradecida por isso , só que hoje
a história é outra e eu adoraria passar as tardes de domingo acordada, sair
para as festinhas infantis e gastar todo meu dinheiro com minha filha.
É curioso como o simples fato de estar esperando muda toda
nossa vida, hoje não faço nada, não tomo nenhuma decisão a médio prazo sem
pensar nela, por exemplo, se vou comprar um pacote pra viajar nas férias a
primeira pergunta é posso levar crianças, será que ela vai gostar e minutos
depois eu penso, será que devo mesmo tirar minhas férias ou devo guarda-la para
quando minha filha chegar e por falar nisso, taí uma das maiores
dificuldades que tenho enfrentado na
espera a falta de previsão para o “nascimento”.Quando uma mulher fica grávida
ela sabe que em nove meses no máximo o filho dela vai chegar, mas a minha
espera quanto tempo mais ainda vai durar?
Renata é funcionária pública, esposa, dona de casa, artesã, blogueira e futura mãe de uma menininha.
Beijos,
Cláudia
Histórias como esta me comovem. Fico imaginando como é essa espera, e lamento que ainda exista tanta burocracia dificultando o processo.
ResponderExcluirQue Deus abençoe e logo você a receba em seus braços!
Beijo!
Exatamente um ano depois desse depoimento minha filha chegou...minha princesa linda que eu amo até cansar e não me canso nunca de amar.
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