terça-feira, 2 de outubro de 2012

Cheias de Charme x Guerra dos Sexos!

Imagens retiradas do Google
Que relação tem estas duas novelas além do fato de que Guerra dos Sexos substituiu Cheias de Charme?
Ambas abordam o tema adoção!

Cheias de Charme deu um banho de lisura e responsabilidade neste sentido! Desde o princípio quando Rosálio relembrava de sua vida no abrigo e as visitas do seu 'papito' antes que ele se tornasse seu pai o tema sempre foi tratado de forma natural! Ela lembrava alguma coisa, ele lembrava outra, ambos se emocionavam com o dia em que o pai se encantou pela filha!
Em momento algum de toda a trama houve sequer um comentário que adjetivasse Rosálio como filha adotiva ou o 'papito' como pai adotivo.
Foi perfeito! É assim que deve ser! É assim que se deve tratar o assunto porque filho é filho e pais são pais, não importa a forma como a filiação se efetive!
É esta naturalidade que precisamos para que a adoção deixe de ser um mito ou que pare de ser vista com preconceito, ou ainda que seja vista com algo sublime! Adoção é uma forma de filiação, assim como inseminação, fertilização e em nenhuma delas cabe adjetivação nem a filhos, nem a pais.
Só posso dizer que Cheias de Charme foi nota 1000 neste sentido do início ao fim e ainda fechou com chave de ouro com outra adoção tardia e interracial efetivada por casal homoafetivo!
É isso mesmo que queremos ver: o respeito à diversidade, o respeito ao direito de ser feliz, o respeito à filiação sem adjetivação!

Guerra dos Sexos começou ontem e já no primeiro capítulo o que vimos na sucessão de uma novela tão brilhante no concernente ao tema adoção? Um show de horrores! O filho que foi adjetivado o capítulo inteiro por sua condição de filiação! "Ele é meu filho, adotivo, mas meu filho', 'ele é filho dela, mas é adotado', 'você é meu filho, adotivo, mas meu filho', coisas do gênero foram citadas praticamente todo o tempo para referirem o personagem de Edson Celulari como filho da personagem de Irene Ravache!

Traçando um paralelo, Cheias de Charme é uma obra atual, assim como é atual a necessidade de se acabar com o preconceito contra o instituito da adoção e contra os pais, filhos e família adotivas, já Guerra dos Sexos é uma obra escrita originalmente há quase 30 anos, época em que era natural se adjetivar um filho que se tornou filho através da adoção. Adjetivava-se pais e filhos e isso era natural até mesmo dentro da família, haja vista a conduta da personagem que é a mãe na trama, no entanto a obra Guerra dos Sexos foi adaptada aos tempos modernos, porque se embora naquela época fosse normal existir essa adjetivação em relação aos filhos/pais/familias adotivos é certo que não existia naquela época toda a parafernalha tecnológica que existe hoje!
Ora, se foi possível adaptar o enredo para os tempos modernos em outros sentidos, porque ainda se utilizam deste excesso de adjetivações já no primeiro capítulo para dizer que fulano é filho de ciclana?
Não seria justo se modernizasse isso também e se trouxesse para os tempos atuais a nova cultura da adoção?
Modernizar o contexto da novela não mexe com a liberdade de expressão do autor uma vez que outros aspectos foram modernizados para que melhor se adaptasse aos tempos atuais!
Por conta disso hoje fiz dois manifestos à Rede Globo: um de elogio e um de crítica/sugestão!
Elogiei todo o contexto de Cheias de Charme e a forma respeitosa com que tratou o tema.
Critiquei a forma desrespeitosa e desnecessária com que foi tratado o mesmo tema na substituta Guerra dos Sexos com sugestão de que modernizem este ponto da trama, assim como modernizaram outros.

Quem desejar manifestar-se junto à rede Globo tanto para elogiar Cheias de Charme quanto para solicitar mudanças na visão do instituto da adoção em Guerra dos Sexos o site é este:

Fale com a Globo

É preciso que se critique e solicite adequações, entretanto é necessário que se elogie o que foi bom também!

Grande beijo,

Cláudia

10 comentários:

  1. teu texto é perfeitooooooooo
    vou compartilhar

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  2. Claudia, hoje entendo como essas palavras entram na vida das pessoas e elas nem percebem e acabam absorvendo e nós que temos esse entendimento temos a obrigação de esclarecer "esses mal entendidos".
    Obrigada!!!!
    Bjs.

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  3. Também sou mãe adotiva e acho bastante infeliz utilizar os termos pejorativos de Mãe Adotiva que a novela constantemente apresenta. Talvez quem escreve não consiga imaginar que é exatamente igual ou ainda maior o amor de uma mãe adotiva para o filho. Amo meus dois filhos adotivos e nunca fico me lembrando, ou é realmente muito raro me lembrar desse detalhe de serem adotivos.... São meus FILHOS simplesmente.

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