terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Os ratos, a gata, eu e o 'nunca' EDITADO

Eu nunca fui à favor de bicho dentro de casa.
Sempre amei cachorros. Cachorros grandes, mansos são minha paixão. Natty era boxer, Laica é labradora. Ambas dóceis, amáveis e brincalhonas mas o espaço delas era restrito ao quintal!
Nunca usei correntes, nunca prendi. Acontecia com a Natty e agora com a Laica: estão sempre em contato conosco no quintal já que o dia pede muitas idas e vindas e nessas a gente acaba sempre fazendo um carinho, parando para arremessar um brinquedo, dá uma corridinha tipo 'pega-pega'.
Natty quando mais velha adquiriu o direito de ficar comigo na cozinha.
Animais circulando pelos quartos, subindo em camas e sofás era algo inimaginável.
Ter um gato nunca fez parte do meu sonho pet. Tinha nojo, tinha aflição e tinha medo de as cachorras não aceitarem.
Pensar num gato dentro de casa era algo que eu repudiava totalmente.
Tales já quis um gatinho uns anos atrás quando a Natty sumiu. Eu até tentei deixá-lo ficar com uma que apareceu aqui mas ela fazia questão de fazer suas caquinhas nos meus tapetes. Eu levantava e lá estavam as cacas nos tapetes de entrada da cozinha e da sala.
Fora que ela fazia xixi nas roupas de lavar, também.
Uma semana foi o que durou a estadia dela aqui, até porque venhamos e convenhamos: filhos querem bichos, mas os cuidados sobram para a gente. No caso dela não era apenas o trabalho extra do pet, mas um monte de tapetes todos os dias para lavar e o estress de esquecer o cesto de roupas aberto, ou deixar algo sobre a máquina de lavar. A gota d'água foi quando ela fez xixi na minha toalha de mesa que recolhi, coloquei sobre a máquina e depois esqueci de colocar para dentro.
Há cerca de 1 ano aproximadamente começamos a ter invasores indesejados por aqui: ratos!
Eles entravam, se instalavam no fogão e era uma luta. Todo tipo de veneno que se possa imaginar foi usado. Nos últimos tempos nada mais estava funcionando.
Aí como tem a cachorra não é qualquer veneno que se pode colocar porque ela mata os ratos. Estes, por sua vez, quando envenenados ficam meio sem noção de dia e de noite e andam pelo ambiente a qualquer hora.
Era uma novela: a gente deixava de usar o forno, acabava com eles e depois levava o fogão para fora, desmontava, lavava, desinfetava. O bendito secava, era posto para dentro e uma semana depois já tinha habitantes nele novamente.
Eu contrariei, eu chorei, eu tive vontade de tacar fogo em tudo. Depois comecei a acalentar a ideia de ter um gato. No começo eu pensava e logo desistia. Depois, diante da insistência desses infelizes, lembrei que uma vez ouvi dizer que em casa que tem gatos não tem ratos e passei a acalentar a ideia de verdade. Como era para tentar afugentar ratos de dentro de casa, ela teria que ficar aqui dentro. Meu nojo e meu desencanto era tanto que passei a pensar: entre um gato dentro de casa e os ratos no fogão, vou preferir o gato!
Conversei com marido que achou interessante a ideia, mas nunca dava certo de irmos na Ong Faros D'Ajuda para ver os pets que sempre estão para adoção.
Um belo dia minha amiga Deborah postou num grupo em que participamos as fotos da gata dela e dos gatinhos novinhos e eu apaixonei por uma. Seria algo meio improvável ela vir para cá uma vez que havia nascido em Campinas, mas escrevi "com essa eu ficaria'.
Dias depois ela me escreveu perguntando se poderia trazer a gatinha no sábado de Carnaval. Ela veio, trouxe a gatinha, nós nos conhecemos pessoalmente e há 10 dias temos Nina em casa.
Nina entra dentro de casa, está sempre atrás de companhia, adora um chamego.
Só não deixo dormir nas camas pq o objetivo é que ela não deixe os ratos entrarem, então dorme na cozinha que dá acesso à lavanderia.
Lição aprendida: como diz o ilustre Justin Bieber: never say never.
Eu dizia que nunca teria um gato e que um pet nunca circularia dentro de casa e hoje tenho Nina, uma paixão que adoçou o coração de todos de casa.

Onde estou ela está. Vive me caçando pela casa.

Eu não sei se ela vai afugentar gatos.
O que é certo é que ela já afugentou muitos preconceitos e sentimentos ruins!

Beijos,

Cláudia

6 comentários:

  1. Ownnnn, que linda história!!!
    E ela está se comportando direitinho??
    Amiga, gato é o melhor inseticida que existe, mais por mim!! kkkkkk
    Beijos.
    Dé.

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  2. Eu não acho legal adotar um gato para acabar com os ratos, mas cada um é cada um. Gatos são uns amores, tenho 7 no apartamento, que usam todos os espaços, aliás, o apartamento é deles e eles me emprestam um quarto para dormir. E não se espante se a Nina não caçar ratos, pois em casa quando aparece barata, eles nem sabem o que fazer. Boa sorte com sua nova filhota. Beijos. Valéria Barretto

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    1. /////////Valéria eu não trouxe a Nina para caçar ratos. Aliás eu espero sinceramente que ela nunca pegue nenhum pq ela vive dentro de casa. Eu já doei duas cachorras que comiam ratos. Foram para sítios, vivem soltas, são bem selvagens e caçam à vontade por lá.
      Ela veio pq li uma vez que a presença do gato na casa inibe a entrada dos ratos. Essa é a intenção!
      De qquer forma, Nina está com seus instintos sendo preservados. Passeia pelo quintal, pega pequenos bichinhos, sobe na árvore. Só não estou deixando bandelar pela redondeza.
      Beijos.

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  3. Amei!!!

    Cada vez que minha casa diminui menos chances de ter bichos eu tenho. Mas vou me contentando com as histórias lindas das amigas!!!

    Uma delicia... algo me diz que ela será sua grande companheira, filha beeemm melosa..rs

    Bjos, Gi

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    1. Gi, por incrível que pareça o gato não ocupa espaço...rss
      Se vc tem vontade de ter um bichinho, aposte no gatinho. É companheiro, carinhoso e não requer espaço nem tanto cuidado como o cachorro. Vive bem dentro de casa sem incomodar.
      Para as cças é muito bom!
      Beijinhos!

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